SAUDADE DA BAHIA

Lá, na Bahia, deixei o meu mar,
Meus orixás de magia sem fim.
E, na colina, o Senhor do Bonfim
Com sua luz a nos salvaguardar.

Lá na Bahia deixei meus amores.
Ah, velhos carnavais e são joãos!
Deleites reais sem desejos vãos
Prazer de viver sem mágoa e rancores.

Por lá ter deixado tudo isso, um dia,
Doe-me a saudade, porém pouco importa,
Se a reminiscência vira poesia

Quando a nostalgia me bate à porta.
Assim vou vivendo o meu dia a dia
Até que esta carne sucumba morta.