Frevo-Poesia

Qual um frevo-de-rua, passo a passo,

a saudade (distinta bailarina)

põe um pé sobre a terra nordestina,

quando outro levita no espaço.

 

Ferve a "mente-poeta" essa usina

que extrai energia do cansaço

e o amor embutido no abraço,

que o passista enlaça a daçarina.

 

Qual um frevo-canção do Vassourinhas,

os meus versos empunham as sombrinhas

que rodaram meus sonhos algum dia.

 

Ferve a "alma-poeta" essa arte

que desfaz, da saudade, o estandarte,

quando o frevo sucumbe à poesia.

 

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 11/02/2012
Reeditado em 09/02/2024
Código do texto: T3493051
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