Soneto de uma dama indignada com cavalheiro que a cortejava, mas que tinha por hábito deitar-se com prostitutas e enganar moças de família, assim que esse vai à porta daquela pedir perdão pelas libertinagens

Não me toques com esta mão

Que já não quero teu carinho

Homem vil, cruel e mesquinho

Não coloque-me em meio às tuas

Tirai, digo, tirai, repito

Teu fedor de minha morada

Que não sou mulher contratada

Nem amigo teu para dar-me

Não me toques com esta mão

Que te levo os dedos rufião

Não perdoo tuas falcatruas

Tirai, digo, tirai, repito

Teu fedor daqui ser maldito

Não conquista-me mais teu charme