Soneto à um homem frio.

Tua emoção gélida e distante

Que fere igual punhal meu sentimento

Minando a alegria em sangramento

Num gotejar suave e constante

Machuca a minh'alma em tormento

Num corroer profundo e incessante

Que faz na vida eu me fazer descrente

Por ter que só vivê-la em lamento.

Nessa amarra eu fico aprisionada

Queria te deixar, mas não consigo

Essa paixão me tem escravizada

Minha razão de ser corre perigo

Nessa loucura estou tão viciada

Que já sou para mim um inimigo