AO CORAÇÃO

AO CORAÇÃO

Sinto- te agora, coração, precisamente

Como quisera te sentir a vida inteira:

Batendo calmo, ritmado, normalmente

E não em louca disparada, em atroz carreira...

Eu sabia que o teu pulsar incoerente

Agitado e revolto dava-te canseira

Mas tu o preferias, pobre inconseqüente,

Não me ouvias, batias à tua maneira...

Despertaste, porem, mostrando teu valor

Batendo compassado, sem dor, ou emoção,

Lentamente pulsando sem agitação.

Vai sempre assim meu querido amiguinho,

Batendo devagar, batendo de mansinho

Sem ter saudades de um louco e falso amor...,

Linandre
Enviado por Linandre em 24/06/2012
Código do texto: T3742106