Soneto do homem inútil
Quieta, acumulando dor e raiva,
Duvidando de si, da vida e o mundo;
Inquieta, insatisfeita, tal saraiva,
Tomando para si ar cogitabundo
Olha sua beleza com franqueza
No espelho e nele espelha a fraqueza
Minha e desacredita a desculpa
Minha e se debilita toda em culpa!
Ah! Quebrou-se o encanto ali no canto
Do meu quarto e se ouvia um coração
Amargurado de incerteza e pranto!
Nunca imaginei mulher tão agra
Mas sem dúvida aprenderá a lição:
Levar sempre na bolsa uma Viagra!