Soneto do homem inútil

Quieta, acumulando dor e raiva,

Duvidando de si, da vida e o mundo;

Inquieta, insatisfeita, tal saraiva,

Tomando para si ar cogitabundo

Olha sua beleza com franqueza

No espelho e nele espelha a fraqueza

Minha e desacredita a desculpa

Minha e se debilita toda em culpa!

Ah! Quebrou-se o encanto ali no canto

Do meu quarto e se ouvia um coração

Amargurado de incerteza e pranto!

Nunca imaginei mulher tão agra

Mas sem dúvida aprenderá a lição:

Levar sempre na bolsa uma Viagra!

Cirilo
Enviado por Cirilo em 09/02/2007
Reeditado em 18/02/2007
Código do texto: T375275