Eu e a tarde

    Quando à tardinha o vento em seu pleito
     Vem trazendo nas asas um frio
      E a até as folhas choram o vazio
     Encolho-me, dorido busco o leito

       Em cismado silêncio  eu espreito
       a tarde  que se arrasta... È um fio.
     Por um momento, em breve desvario
      O vento beija  a tarde, sem efeito.

       Perde-se em  em dor este amor tão antigo..!
       Também como tu, tarde, s'esvai  num fio
       o  meu suspirar em noite d'olvido

     Imponderável e também ambiguo
      momento.Dessa hora desconfio...
       Abraço a tarde e choro comovido...