Pax Tecum

E quando o Honório abrir o seu portão

Numa manhã lutífera e gelada,

Indo-se ao longe uma urna acalentada

Pela cadência de uma procissão...

De súbito hão de ouvir com aflição,

— Das cordas de uma lira espedaçada —

Os lúgubres acordes da balada,

De uma sensacional composição.

Dos cinamomos pelas negras ruas,

As folhas a tombarem frias, nuas,

Cobrindo a estrada em lágrimas repleta...

E alguém que passa e assisti a toda cena,

Há de dizer com lástima, com pena:

— Lá se vai o cadáver de um poeta!

25 de Junho de 2012

*Versos Decassílabos.

Derek Castro
Enviado por Derek Castro em 13/08/2012
Reeditado em 12/07/2017
Código do texto: T3827845
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