Gude

Em derredor de três covas pequenas

talhadas sobre a terra lado a lado,

ria e brincava sem maior cuidado,

com bolinhas de vidro em mil arenas.

Era um prazer benigno e requintado,

demorar nessas horas tão serenas,

longe de imaginar futuro, apenas

em deleite absorvido e deslumbrado...

Hoje, em meio a essa vida que me enfrenta,

brotam lembranças da perdida infância,

e a mágoa na minha alma triste, aumenta...

À noite, em nostalgia, surge o espanto!

Sempre ouço um vago frêmito à distância...

Tecos do meu globinho em doce encanto.

Reginaldo Costa de Albuquerque
Enviado por Reginaldo Costa de Albuquerque em 22/02/2007
Reeditado em 04/04/2010
Código do texto: T389469