Soneto de amor medroso (amor conhecido)
Amor é encontro de janelas medrosas... semi-abertas
É espiar por frestas o sem mais do encanto
É espanto, temor, coragem...
É ser mais assim o cem amor que tanto canto!
E vou na poesia como quem voa em asas próprias
Nada me toca... só este sopro de dividida corvardia!
Declarada e em dia, na noite que se faz turbilhão
Que declamo agora que já sei o que sentia!
Do amor tenho medo! de janelas escancaradas para o desconhecido!
E eu preciso de proteção e tu precisas também
Agora que já sei o que já se passastes contigo...
Abro os braços a tudo que me convém
Que sem um poeta eu já perco o sorriso
Que sem poesia, graça nenhuma palhaço tem!