Inevitável

Há quem escreva porque tem talento,

Há os que o fazem por mero prazer,

Há os que demonstram seu conhecer,

E os que buscam, no papel, alento.

Há quem de fato viva para escrever,

Há quem tenha sede de histórias

Há os que cultivam mil memórias

E os que não tem mais o que fazer.

E há este que vos conta uma verdade,

sem ver graça nas dores de se viver,

e que sem poesia não tem identidade,

Porque não tenho um dom, tampouco saber,

Não me importam e fama, o lucro e o poder:

Amo, respiro e escrevo apenas por necessidade.