Sob o chão de minha alma

Prostrado sob o chão de minha alma,

olhos sedentos, pela noite escura,

calma, nua, sem estrelas, sem lua,

te procuro no céu! Oh, loucura...

Isolado e condenado em mim mesmo,

implorei ao tempo que passasse,

que os dias logo acabassem, pois sei,

se houver tempo, invento tempestades.

Levanto-me: eis que o sol renasce!

Em um movimento supero o abismo,

e volto à vida, ao tempo e à razão!

Não há motivos para ser feliz,

nem alguém a quem amar... Estou só,

e estar só é o começo de amar!

Adriano Dal Molin
Enviado por Adriano Dal Molin em 03/03/2007
Código do texto: T400018
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