FAZER NASCER POESIA

Com palavra presa na garganta,

a glote fechada logo sentencia:

A ideia aflita, para, se espanta...

sentença atroz: hoje sem poesia....

Quando a lágrima pura por si seca,

e no bardo peito persiste a dispneia,

o vetusto poeta busca a tal eureka,

na escuridão breu caótico da ideia...

Mas, sem poesia qual será o remédio

que o socorra nessa profunda agonia,

será fazer versos vazios como o tédio...?

ou ousar usar a lira secreta em revelia...?

tirando lições dos verbos e provérbios,

fazendo brotar na marra crua poesia...!

Alkas
Enviado por Alkas em 16/01/2013
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