Poeta da Sombra

Eu sou quase sombra da sombra;

Pelo atrevimento de querer poetar

Emoção que no peito alfombra,

Delírio de poeta se auto nomear.

Sou quase sombra do morto vivo

Que passeia palavras lúgubres,

Em dueto soneto impulsivo;

Sou uma quase sombra fúnebre.

Sou a sombra de pequeno porte

Que vive das sobras da morte,

Ao acaso da própria sorte.

Quem encena versos mórbidos,

Vê Augusto em todos os óbitos?

Eu, a sombra dos melancólicos.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 12/03/2007
Código do texto: T410495
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