Soneto aos meus brinquedos

Como ia longe minha imaginação

quando brincava no chão do meu sertão

Besouros viravam tratores, palitos eram

pernas e braços dos meus atores.

Da carnaúba o cavalo de talo fazia

E se corria pelos capins da mata

Com sonhos repletos de magia

E a alma repleta de uma vida grata.

O maxixe era um bezerro

A lata virava caminhão

e nos montes de aterros

Tecia a doce ilusão.

Das estradas era o engenheiro

serpenteando e mapeando o chão

sem precisar de valores ou dinheiro

Criava e reinventava, brinquedos de João.

Bezerra Neto
Enviado por Bezerra Neto em 06/02/2013
Reeditado em 06/02/2013
Código do texto: T4126697
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