Poética Debilidade
Ando catando cacos poéticos
Para tentar alinhar em sonetos.
Tateando verbetes fonéticos,
Palavras lascas de gravetos.
A emoção abandonou meu sentir
Atolada em pressas outras.
A tristeza não cansa de insistir
Que reconhece-me em outras bocas.
O prazer do devaneio adormeceu
Entre o surreal e a realidade;
Sem poesia o concreto adoeceu.
Dos anseios e sonhos à letargia,
Que mata mais que baixa imunidade;
Eis que definho débil sem poesia.