Poética Debilidade

Ando catando cacos poéticos

Para tentar alinhar em sonetos.

Tateando verbetes fonéticos,

Palavras lascas de gravetos.

A emoção abandonou meu sentir

Atolada em pressas outras.

A tristeza não cansa de insistir

Que reconhece-me em outras bocas.

O prazer do devaneio adormeceu

Entre o surreal e a realidade;

Sem poesia o concreto adoeceu.

Dos anseios e sonhos à letargia,

Que mata mais que baixa imunidade;

Eis que definho débil sem poesia.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 14/03/2007
Código do texto: T412974
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