Narciso
Não ouça minha triste poesia
Não seja indiscreto e invasor
Continue seus passos por outra via
Que não te condena este pudor
Somente o lago e a floresta
Serão de tudo testemunha (s)
Ouvindo o grito que me resta
Ao arrancar a alma a unha
Confesso o desespero ao lago
Do meu amor impossível
E vislumbro a fuga na morte
Nesse mundo não vi a sorte
Só ouvi um silêncio horrível
Das mãos da morte um afago