DA DESESPERANÇA

Há um tempo perdido no espaço

na linha que me separa do ontem

na linha que divisa o horizonte

do que aconteceu nesses passos

e que enumera todas as horas

em dias tortos de um calendário

mofado em suas páginas, diário

de inúteis recordações raptoras,

queimando em uma eterna bruma

de todos os sonhos, ectoplasmas

que alma insistentemente exuma

trazendo à tona seus fantasmas

que vêm trocar minha doce paz

por esta desesperança tão voraz.

26 de Fevereiro de 2013

Marcelo Lopes
Enviado por Marcelo Lopes em 13/05/2013
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