SONETO DE SERENATA

Na amplitude desta vil noite

fria e calma, tão plenilúnica,

dispo-me da branca túnica

de todo o meu anseio, açoite

que não dá a exata frequência

dos mil tons para uma canção

sobrando a tão obscura opção:

viver no exercício da paciência

e procurar, em todos os acordes

do tempo para criar, sem ruídos,

uma nova melodia para que acordes

e que seja doce aos seus ouvidos:

Nova canção que, embora singela

faça abrir, novamente, a tua janela.

Marcelo Lopes
Enviado por Marcelo Lopes em 24/05/2013
Reeditado em 26/05/2013
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