Soneto IV__Contestação

Tere Penhabe

Disseste não ser torpe uma ilusão...

Cito o sagrado tronco, imune à dor:

- Se é ferido, não paga em rejeição.

Mas faz por crença, nunca por amor.

Lendas povoam a alma e coração...

A de uma águia tem o meu louvor,

Porque o condor amarga a frustração,

Colhida com esmero em seu torpor.

Não vale a alegação de não saber,

Pois da tua razão eu vi verter,

A sentença que deste à própria vida...

O coração voar, não é insensato,

A mente não possui este aparato...

No amargo sal do pranto é sucumbida.

Santos, 26.03.2007

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