Soneto 2705

Verme que no ermo cemitério freme

Qual tortura infausta vil e maldita

Numa desventura triste infinita

Que no coração mísero seu preme.

Atravessei o tempo consorte teme

Lágrimas de sangue em solo bendita

Vermelhidão secular da desdita

Inquietações d’alma aziaga que geme.

Ela foi vista na eternidade triste

Atura a secura da morte a sorte

Do amor imortal ferido no norte.

Nas pupilas dilatadas que viste

Tanta dor ensurdecedora existe

Na louca fascinante a letal morte.

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 18/07/2013
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