VERSOS SOMBRIOS
Meus versos são sombrios desalentos
Nos ecos silenciosos dessas vozes.
Eu ouço ao longe agonizante algozes,
Que marcham, tais fantasmas sonolentos.
Quem poderá suster os seus lamentos?
"As almas que vagueiam como atrozes
Uivantes lobos - pútrifos ferozes!
E ávidos versejam seus tormentos.
Eu vejo a morte embalando o poeta
Na melodia triste que o completa;
O seu sorrir confunde-se com pranto.
E prosam... valsam... sempre em perfeição!
-Oh treva densa! dá-me tua mão?
Grita o poeta em seu fúnebre canto.