Bengala
 
Olha moço aquele velho que vem lá
 Suas pernas mal podem lhe sustentar.
Cabeça baixa, encurvado passo incerto,
Não ria moço do seu jeito de caminhar.

E verdade moço, os anos pesaram.
Em suas costas obrigando-a se curvar.
Se hoje ele se apoia numa bengala
Pois sem ela, ele não consegue andar.
 
Olha moço aquele velho, e o meu pai.
Deu duro na roça, pra me educar.
Por isso moço respeite aquele homem.

Que não aceita a ideia de deixar a roça.
Diz que a terra e tudo o que ele tem,
Que vai morrer quando a roça ele deixar.

Volnei Rijo Braga
Pelotas: 13 / 08 / 2013