Complexo de amar.

Autor: Daniel Fiúza

04/01/2014

Foi grande o turbilhão do nada,

quando uma voz ecoou no infinito,

minha vida era vista da sacada,

e o meu prumo, epopeia de desdito.

Enfronhado na psique do agito,

belo perfil da mulher amada,

no entanto engoli meu próprio grito,

sem saber se era bruxa ou fada.

Periclito nessa derrocada,

fogo fátuo desse amor finito,

na inconstância fria derramada,

den’do ego do dito por não dito.

Desmistificando o próprio mito,

a vida me provoca a emboscada.