Mito Banal

O que me sustenta nesse jogo brusco,

Não são palavras soltas nem o fio de mel

Que vez por outra amacia o gesto bruto;

São as migalhas servidas com uma gota de fel.

Não há metal nessas algema; carne vermelha

E um laço de aflição. Um guia anda às cegas,

Mostra nos verbos uma minúscula centelha,

Nada me prende nesse orgulho com que pregas.

É um mito que nunca passou de um ritual,

Como uma encomenda de bobos costumes.

Raro é o meu conceito lúdico emocional.

Ah! Senão em você mesmo, onde moram os senões?

Tão longe dos olhos quanto alcança a razão,

Por não sabê-lo, envenena a alma de ilusões.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 26/04/2007
Código do texto: T464912
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