A visita

Algo bateu à porta de rompante

No quarto estremeci: o que será?

Palpita o coração, quem baterá?

Espero um bocadinho, um instante

Transpiro, hesito e tremo expectante

Sei que a visita não me convirá

Mas p’la urgência nada a deterá

Abro a porta e ela entra fulminante

Encaro-a de frente. Não há medo!

Quando me revelou o seu segredo

Parou a agitação e o desnorte

Sussurra-me ao ouvido: quem sou eu?

“ És aquela que sempre me temeu

A senhora da vida: a minha morte.”

Antaco
Enviado por Antaco em 05/02/2014
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