São restos de poemas e canções



Versos de amor para ela eu escrevia.
Serenatas em sua janela eu cantava.
Só para vela feliz, sorrindo pra mim.
A cada verso um beijo ela me jogava.

Assim todas noites, para ela eu recitava.
Uma bela poesia, ou cantava uma canção.
Belas palavras de amor, tiradas da alma.
Formei frases, que eu cantava com paixão.

Hoje não tem serenata, o poeta emudeceu.
Não recita poesias, não canta mais canções.
A viola sem cordas vive jogada, num canto.

Poesias guardadas, hoje papeis, envelhecidos.
São restos de poemas e canções, que ali joguei.
No arquivo das saudades, há tempos esquecidos.