VIRTUDES E VERDADES

Solapados os teus sulcos

Infindável exatidão matutina

Pelas vísceras exsudam sucos

Pelo inferno, margarina.

Canta alto, leda aura reluzente

O teu mel em papel de seda

Furtivo sono à lapa sente

Lenta morte, salta a meda.

Embora se ablua do rosto a cara

Medição em montanha erguida

Força o peso, passa a tara.

Eis que canta o galo cego

Sem sapato ao baile vai

Para expor maldito ego.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 22/05/2007
Reeditado em 28/05/2009
Código do texto: T496764
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