ESPERA
 
 
A tua tez branca e encantadora
Faz-me falta, sinto vil saudade
Pareço até uma tola amadora
A tua espera na longe cidade
 
E quando estás perto, tu imploras
Que eu vá contigo com humildade
Não posso, pois tu sempre demoras
E eu já não tenho tenra idade
 
Nesta cidade onde tu agora moras
É distante e fica tão longe em horas
Só resta-me aguardar-te mês a mês
 
A espera dolorida assim me fez
Calada, ausente, fria e vil dolente
Mas clamo por ti freneticamente


Uma interação da poetisa HLuna, que brindou-me com belo
RONDEL


 
DISTÂNCIA (Rondel)

A dor da saudade é ferida,
que machuca, faz sofrer,
assim levo a minha vida,
esperando por "você". 

E eu me pergunto por quê,
insisto nessa dura lida.
A dor da saudade é ferida,
que machuca, faz sofrer.  


Passo o dia enlanguescida,
com vontade de te ver,
porém sou lembrança esquecida,
que o tempo só faz distorcer.
A dor da saudade é ferida.  


 
Obrigada Hluna.


De Ângela Faria de Paula Lima

 
 DECIDA! 

Não posso esperar-te como queres
Que venhas tempo em tempo aqui me ver
Pareço até criança e se disseres
Para aguardar-te. Nem sei se posso crer...
 
Demoras tanto para vir me ver
Que fico a pensar que não me queres
Seria bem melhor te esquecer
Quem sabe não terás outras mulheres?
 
Se estou assim ausente ou mesmo fria
É que a vida tem sido bem vazia
Dos carinhos e aconchegos que são teus..
 
Ainda chamo por ti em meus lamentos
Mas peço que resolva meus tormentos
Ata ou desata ! Eu peço a ti! Por Deus!