Laivos de Lágrimas

O rosto com meu doce pranto inundo,

arranhando um laivo, álgido resquício,

marcando estradas tornando-se em vício,

nó de caminhos para o choro mais profundo.

Que cai como se nele desabasse o mundo,

condenando-me sempre a interior hospício.

A alma a padecer em tristonho suplício,

pelo sentir eterno do coração imundo.

E vaga perdido o caráter errante,

em busca de um novo e digno início,

aguarda do sol a luz bela, brilhante...

Que no ocaso dormiu, sem deixar indício.

Mas, é esperada cada hora, cada instante,

no choro doce de oferenda e sacrifício !

Maria
Enviado por Maria em 16/11/2014
Código do texto: T5037037
Classificação de conteúdo: seguro