Silêncio... Silêncio...

Em oração minha alma fala o que vai no peito,

grita o que corre dos olhos molhando o leito.

Pede que um dia a tempestade cesse, acabe,

e que o sol brade seu grito de calor e alento.

De um lado ao outro se embala meu ser,

como num berço de acalentar despedidas.

abraça-se em si - toca o céu da dor -

e soluça o espírito em manso torpor.

Sem entender, nem compreender, o todo,

as tantas palavras, promessas de futuro, sem as ver,

relembra todas com o peito a arder - é muito sofrer.

E agora o silêncio que prende a voz, o canto,

ecoa já em mim e faz forte meu pranto,

retumba em ti, no vento, eco do teu - ah! como lamento!

Maria
Enviado por Maria em 22/11/2014
Reeditado em 23/11/2014
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