OLHARES


Em ti cravei meus olhos alvadios.
Olhos platônicos e morrediços,
Dos que estão à beira do precipício
À espera do grão gesto e não tardio.

Em ti cravei meus olhos alvacentos.
Olhos atônitos e derrocados.
De quem ama, olhos, sem ser amado.
Dos que padecem sem nenhum alento.

Expectando por ínfimas ternuras,
Em ti pousei meus olhos anelosos
Por, enfim, caber-me quaisquer lhanuras...

Alvejaste-me com indiferença
Cravando em mim dois olhos cavilosos!
Olhos tredos à traição propensos!
 
Rahna
Enviado por Rahna em 03/12/2014
Reeditado em 03/12/2014
Código do texto: T5057712
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