OLHARES
Em ti cravei meus olhos alvadios.
Olhos platônicos e morrediços,
Dos que estão à beira do precipício
À espera do grão gesto e não tardio.
Em ti cravei meus olhos alvacentos.
Olhos atônitos e derrocados.
De quem ama, olhos, sem ser amado.
Dos que padecem sem nenhum alento.
Expectando por ínfimas ternuras,
Em ti pousei meus olhos anelosos
Por, enfim, caber-me quaisquer lhanuras...
Alvejaste-me com indiferença
Cravando em mim dois olhos cavilosos!
Olhos tredos à traição propensos!
Em ti cravei meus olhos alvadios.
Olhos platônicos e morrediços,
Dos que estão à beira do precipício
À espera do grão gesto e não tardio.
Em ti cravei meus olhos alvacentos.
Olhos atônitos e derrocados.
De quem ama, olhos, sem ser amado.
Dos que padecem sem nenhum alento.
Expectando por ínfimas ternuras,
Em ti pousei meus olhos anelosos
Por, enfim, caber-me quaisquer lhanuras...
Alvejaste-me com indiferença
Cravando em mim dois olhos cavilosos!
Olhos tredos à traição propensos!