Meu soneto em versos livres
A poesia deu-se para a rima,
que corrompeu meu último soneto.
Desmantelou o régio esqueleto,
e a métrica servil que o arrima.
Dois versos livres são o par perfeito
para subverter a poesia
e dar à rima, enfim, a alforria
e dar ao verso, enfim, um novo jeito.
Não rimarei agora e doravante
nenhum só verso, ainda que errante,
para vestir a roupa do defunto.
Terei este soneto como prova
de quantas rimas pus dentro cova,
em que a poesia me me pôs junto.
A poesia deu-se para a rima,
que corrompeu meu último soneto.
Desmantelou o régio esqueleto,
e a métrica servil que o arrima.
Dois versos livres são o par perfeito
para subverter a poesia
e dar à rima, enfim, a alforria
e dar ao verso, enfim, um novo jeito.
Não rimarei agora e doravante
nenhum só verso, ainda que errante,
para vestir a roupa do defunto.
Terei este soneto como prova
de quantas rimas pus dentro cova,
em que a poesia me me pôs junto.