O Silêncio da Flor!

Silencio-me diante temida beleza

Que aos olhos perturbados de minha alma

Revela-se perspicaz em leveza

Renovos no inverno repousam em calma.

Já o calor da primavera se anuncia

Seduz a sonhar e sentir da flor o aroma

A brisa suave dita à castiça poesia

No fastígio insano daquele que ama.

Não carece abrir os olhos pra sentir o alvor

Quando a luz de um cego brilhar

O ocaso trará as cores da flor ao desabrochar.

Ainda que espinhos iracundos germinem

O rubro sangue ao toque suave das mãos

O perfume oportuno acalma o coração.

Luzia Ditzz.

Campinas 17 de fevereiro de 2015.