AMOR [E]TERNO

*Fanny*

Escuto os cânticos plangentes do teu espírito,

brisas delicadas murmuram o teu amor...

ameno enlevo afagando este pesar infinito...

meigas lembranças atenuando esta imensa dor.

Embrenho-me nos jardins em flor partilhados...

Sinto a fragrância dulcificada dos teus versos...

Poemas [e]ternos que hoje decifro, declamados

nas alamedas resplandecentes do Universo.

Ah amor... não sei como tolher este pranto...

lágrimas escorrem no vazio da tua ausência,

gotas tristes do coração... em desencanto.

Colhe as flores da minh' alma enamorada

sempre em ti enleada!...Aguardemos o instante

em que a união sagrada abrace a mesma morada.