CULPA DO DESTINO



Nem faz tanto tempo, me diz o tempo,
Que volta e meia vem me despertar...
E assim como vieste, foste com o vento,
Deixando só saudade eu teu lugar.

Um dia preencheste no meu peito
Esta lacuna chamada solidão...
Deixaste a cicatriz que não tem jeito,
Que vez por outra dói no coração...

Um mal sem jeito o tempo até perdoa
E ameniza dor que às vezes sangra;
Acalentando a solidão que até entoa

Uma canção que diz: o tempo cura!
Mesmo que às vezes, ainda nos doa,
Nem tu nem eu tivemos qualquer culpa.