SONETO À FANTASIA

Uma verdadeira dama em sociedade;

Uma pérfida devassa em nossa cama.

Pródiga em sorrisos, beleza e falsidade,

A cúria da indomável paixão a inflama.

Sexy e sedutora, ordinária serpente!

Aquela que nos traz a ilusão do paraíso.

Na astúcia das curvas, na força inteligente,

Enreda-nos, fazendo-nos perder o juízo.

Personagem que povoa o mundano masculino.

Imagem evocada. Súcubo das noites ferventes.

A degenerescência e profanação do sexo feminino.

Poço dos desejos, dos prazeres e da fantasia.

E do fundo do poço vem a lamentação:

“Oh, por que desprezei o amor que eu tinha”?

NOTA: Súcubo (em latim succubus, de succubare) é um mito de um demônio com aparência feminina que invade o sonho dos homens a fim de ter uma relação sexual com eles para lhes roubar a energia vital.