Cicatriz

Hoje o amor bateu asas. Partiu.

De malas prontas, saiu sem destino.

Foi silencioso, de um jeito sutil.

Talvez, em busca de um toque divino.

Hoje, o sorriso trocou figurino.

Olhos apáticos... Rosto senil.

No peito há morador clandestino:

Um sentimento de dor. Pueril.

Hoje há um corte profundo no peito,

Vindo de um golpe certeiro. Mortal.

Flecha atirada no alvo perfeito.

Hoje, o amor libertou-se, afinal.

Pegou a estrada e foi ser feliz.

Só o tempo pode apagar cicatriz.

Fiore

Reg. EDA/FBN

fiore carlos
Enviado por fiore carlos em 20/07/2015
Código do texto: T5317888
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