Cheguei ao fim...

Cheguei ao fim, deixei de lado a estante com alguns livros empoeirados

O jornal do dia que não li, não li e-mails, não vi o telefone, entre outras

Cheguei ao fim de repente, sem alarde, discretamente com sorrisos

As roupas caídas ao chão, os lençóis amarrotados, um gole esquecido

Não lembro se arrumei a casa, se me despedi dos amigos de sempre

Mas sempre não existe, chegamos sozinho, um canto esquecido

Abraços apertados, os beijos intermináveis, o sexo frágil, rs,

Mas termino, tomo alguns goles, faço um verso de improviso

Sem plateia, nem palmas, descabido de mim, poeta caido

Em si, fora de si, sem vestes, solidão de um em todos

Se amei, amei tudo que tive, até as lagrimas.

Despeço-me como o sol amando a lua, beijando o mar, solitario de si

Menino moleque de riso solto, de olhar brilhante, que amou um pouco

A assim como quem não termina o verso, mas que chega ao fim...