Borboleta

Soneto dedicado aos amigos Renata Mendes e Leo Correia.

Eu insisto em voar, já deixei o casulo experimental e me tornei borboleta

Diferente do que ouvi preferi amar e ser amada pelo sol que me toca

Seja como for meu bater de asas quero estar em teus braços amado

Nada há, mas de importar a não ser os caminhos que levam ao amor.

Disseram-me que amar era ingênuo, e daí?, eu precisei voar e amar

Disseram-me que não iria conseguir e se fez presente teu corpo

No casulo não se acredita no sonho do amor, de voar, de recomeçar

Mas posso ser feliz sendo borboleta, ou mariposa, ou mesmo humana.

Em nossos jardins, houve seca, houve tempestades, mas sempre flores

Afinal temos os dois, tu sol a iluminar asas sonhadoras e aquece-las.

Eu borboleta a bailar e a te encantar com bater de assas atrevidas.

Eu borboleta e tu sol, provamos um ao outro cada dia o valor do amor

Que no fundo somos crianças, que não dormem a planejar travessuras.

E fazemos do som de nossas risadas um hino, no silencio de corações.