AMOR COM MEL, MELAÇO E ACÚLEOS

Que doce arpejo, azinhaga

Impropérios da leda veste

Soada corda me embriaga

Moinhos por trapos a leste.

Por caos e vereda dispersa

Ama-te, ó bucólico berço

Na tina de apara incerta

Manhã de joio, seu terço.

Assim se admira a paúna

Medindo o palmo na azenha

Fervor observa a graúna.

Na verde e prásina pinta

O coração anuncia paixão

E a tela abstém-se da tinta.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 21/06/2007
Reeditado em 09/07/2008
Código do texto: T536033
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