Cantar Lisboa I

Canta Lisboa

Madrugada... as guitarras emudeceram;

Olhos vidrados pelo sono e do vinho.

Guardiões da noite Lisboeta feneceram,

entre os amores dúbios e os lençóis de linho.

E Lisboa acorda... no tejo a namorar,

menina e moça, na varina da Ribeira.

Espera o fadista e quando ele acordar,

são sol e lua... se amam à sua maneira.

Mais um dia de labuta que se passou,

pela noite os fadistas se vestem a rigor

e cantam Lisboa, ou tudo que se amou.

A fadista enfeita o xaile com uma flor,

dando muita beleza ao fado que cantou:

Porque Lisboa... é catedral do amor.

António Zumaia

São Sebastião da Grama,01/09/2015

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 08/09/2015
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