Cantar Lisboa II

Poeta e fadista

É madrugada o dia nascendo.

Últimos acordes na rua soa...

De andar trôpego vai percorrendo,

essas ruas da menina Lisboa.

Ao romper do dia descansa a alma;

Sua obrigação... o fado cantou.

Na tasca perto da rua da Palma,

deu amor... e a guitarra calou.

Últimos acordes é despedida,

afinou a voz no fado do rio;

Numa conquista da mulher perdida.

Nos versos do fado ele é arredio,

mas essa canção nunca foi a vida.

Porque o poeta... não é um vadio.

São Sebastião da Grama, 03/09/2015

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 08/09/2015
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