Canta Lisboa III

Dor e fado

Triste sina da menina Lisboa,

quando abre os braços sem saber a quem;

Mas logo um fadista da Madragoa,

canta o fado... Não é gente do bem.

Mas alfacinha de tenra idade,

tem coração do tamanho do mundo.

Os vai aceitar com leviandade,

os acarinha com amor profundo.

Mais tarde ela vai saber que errou;

Mas, o seu destino já foi traçado,

com gente do mal, que não a amou.

Canta o fadista num tom magoado,

todo o mal que Lisboa suportou

e vai caber inteirinho num fado.

São Sebastião da Grama, SP Brasil, 06/09/2015

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 08/09/2015
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