Soneto dos Andes

Os Andes, de repente, vontade de vê-los me aflora!

A famosa Cordilheira dos Andes

De selvagens vulcões de antes

De calmos lagos de outrora.

Nem maravilhas da Oceania

Nem riquezas da América nobre.

A Europa é só senhoria e

C’o resto do mundo se encobre.

De abismos que me abismam

Aos topos gelados gigantes

Só ouço me chamarem os Andes

Dizem-me: “Ande neste solo nevado, ande nesta crosta magmática,

ande neste vale sombrio, ande neste pico celeste”!

E, de repente, nos Andes, sem me cansar, eu ando, ando, ando...