Tic-tác

Tic-tác

Sentado a beira do caminho, eu pensava.

Porque me encontrava ali, em meio ao nada.

Naquele lugar distante de tudo e de todos

-: Não fazia sentido, nada ali me interessava.

No azul do céu, o Sol brilha intensamente.

A brisa acariciava meu rosto com suavidade.

Uma nuvem passageira protege-me do Sol.

-: Por alguns segundos, e some no horizonte.

No tic-tac do relógio as horas o dia consome.

O Sol se distancia lentamente menos intenso.

-: Perdendo-se no horizonte ao cair da tarde.

Um pássaro noturno canta triste à distância.

Sigo meu caminho, nada mais me detêm ali,

-: Longe de tudo e de todos, menos de Deus.

Volnei Rijo Braga

Pelotas: 26 / 10 / 2015