Outono

Outono

Sinto-me, igual uma folha seca, que cai.

Pairando no ar, ao sabor do vento brando.

Numa tarde fria, de um outono qualquer.

Sem ter certeza do lugar pra onde ela vai.

Vejo naquela folha seca, algo que perdi.

Numa tarde fria e cinzenta, também voei.

Deixando-me levar pelo vento, pra longe,

Sem perceber, a vida que eu desperdicei.

Hoje, debruçado na saudade eu recordo.

Meus sonhos e esperanças que renunciei.

Como a folha seca que se foi pra sempre.

Pra sempre eu perdi o que mais almejava.

Hoje, sem esperança eu conto os outonos.

Que se perdeu igual à folha seca, que cai!

Volnei Rijo Braga

Pelota: 19/11/2015