A vida, como a vejo


A vida, ora vejo, deve sempre ser vivida
Como se cada segundo fosse o derradeiro,
Como se cada enlevo fosse meu primeiro,
Como consequência de minha própria lida.

Por certo, sei, não será sempre um manso lago
Azul, sereno, alcatifado por inúmeras flores,
Dispostas às margens, resplandecendo as cores
De um novo dia glorioso onde por ele divago.

Haverão, também, tardes e noites turbulentas,
Com ventos frios e cortantes, tempestuosos,
Em que terei que enfrentar minhas tormentas.

Mas, assim a vejo, como uma longa estrada,
Onde, após tantas tempestades, dias gloriosos
Me aguardam, acolhido nos braços da amada.

E saberei saudar, receptivo, estes novos dias,
Sentindo-os, pelo tempo que vivo, formosos,
Cantando-as, a todo momento, em poesias...
LHMignone
Enviado por LHMignone em 03/01/2016
Reeditado em 03/01/2016
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