Enigma

Eliane Triska


A cada novo sol eu peregrino.
Entre agonias de estendidas mãos,
Me prendo ao ninho. Ah, graveto fino!
Não tenho asas... Sou jogada ao chão!


Que tormento: o que o tempo quer de mim?
A noite obra... Me desassossega!
Faz tranças de silêncios sem ter fim.
Ó vida sou pra ti mais uma entrega!


Noite, abre tuas mãos! ... Surgem estrelas!..
O mar vai se acalmando sonolento
Ao vê-las refletidas... Sonha tê-las!


Que belo!...  Mas caminho rumo à foz,
Onde o sopro de Deus amansa os ventos
De um eterno ir e vir... Rogai por nós!




Canoas, 7 de dezembro de 2016
 
Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 07/12/2016
Reeditado em 09/12/2016
Código do texto: T5846862
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