No proscênio

Ápice da vida, diriam os distantes,

Cada um sabe de suas verdades,

Nêmesis, Pandora e Hades,

São convidados nesses instantes.

Não bastam planos, ideias e calmantes

O espírito trinca em debilidades,

Atuando sob holofotes e vaidades,

Encena peças de enredos alucinantes.

Somos artistas em grupos itinerantes,

Vivendo em teias de ambiguidades,

Tentando ser o que não fomos antes.

Mas voltamos à ribalta, perseverantes,

Submetidos a repetições e adversidades,

Absorvemos: as peças da vida são edificantes!